Robôs têm pés inspirados em alces
Pesquisadores da Universidade de Tecnologia de Tallinn (Taltech) criaram um novo tipo de pés de robô bio-inspirados projetados para melhorar a mobilidade em superfícies difíceis, como lama e neve molhada.Seu estudo destaca como essas inovações podem permitir que os robôs navegassem em terrenos naturais complexos, apoiando o monitoramento ambiental, a agricultura e a resposta a desastres.
Embora os robôs pernas sejam estudados há décadas e continuem a se tornar mais eficientes em termos de energia e adaptáveis, certos terrenos naturais permanecem particularmente desafiadores.Esses novos pés pretendem superar esses obstáculos, melhorando a maneira como os robôs ajustam seus movimentos a diferentes condições do solo.
Experimentos de laboratório com pés de alces reais confirmaram sua funcionalidade única.Ao entrar e sair da lama, os cascos divididos do alce se expandem e se contraem, ajustando sua área de contato.No entanto, a vantagem principal não é o aumento da área de superfície.Em vez disso, vem de como os cascos Cloven quebram a força de sucção quando puxados para fora da lama.
Os pesquisadores observaram que o casco de um alce funciona de maneira semelhante a uma copa de sucção.Ao ajustar sua forma, o casco quebra a força de sucção criada pela lama, assim como arrancar um copo de sucção de uma superfície.A lama se comporta de maneira semelhante a um azulejo de banheiro molhado, gerando sucção sob os pés do animal, o que torna o levantamento da perna desafiador.O movimento dos cascos interrompe essa tensão, facilitando o movimento mais fácil.Os cascos tornam o movimento mais rápido e mais eficiente em termos de energia, impedindo situações potencialmente fatais em que o animal pode afundar profundamente, ficar preso e perecer.
Inspirados por isso, os pesquisadores desenvolveram pés de silicone para um robô pernas que imita o mesmo comportamento.Os testes em superfícies lamacentos mostraram que essa modificação simples reduziu a força de afundamento e sucção do robô pela metade, diminuindo seu consumo de energia em até 70%.
Segundo os pesquisadores, nenhuma desvantagem foi identificada com os pés modificados de “moos-robóis”.